quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Boas vindas 2019.

Há muito tempo não escrevo, então acho que está mais do que na hora de voltar a colocar em prática esse dom.

Quase 7 anos se passaram desde minha última publicação, muita coisa mudou, principalmente meu modo de pensar e enxergar a vida.


Projetos se iniciaram, terminaram e muitas sabotagens ao longo do caminho. 

Inúmeros aprendizados vividos e muitos outros que ainda estão por vir.

Comecei esse novo ano com o propósito de repassar todo conhecimento adquirido ao longo dessa minha jornada e quem sabe eu possa também aprender junto com vocês?

Feliz Ano Novo e que se iniciem os trabalhos! 👍


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Casamento

Ontem criávamos pontes
Hoje as derrubamos e erguemos barreiras
O que era conjunto se tornou singular
Sei quando tudo começou e que vai acabar
Hoje existe o concreto onde antes fluíam fontes
A luz no fim do túnel nos causou cegueira
Eu te machuquei, mas você escolheu me amar
Não me perdoei e, errei e fiz o sentimento mudar

As pancadas doem demais
As marcas que ficam são eternas
Enquanto a voz não tentar calar
o ódio vai insistir em falar
Que fui eu, que foi você, fomos nós
Não fomos nós, mas o mundo inteiro

O tempo amansa a fera
Cicatriza a ferida
Mas uma marca sempre fica
Achei no tempo a espera
De que a mágoa fosse esquecida

Positivo e negativo se atraem
Entram em atrito, se chocam
Mas permanecem unidos
Até que surja algo e os separe

Definitivamente
Ou não

domingo, 26 de agosto de 2012

Adeus Caro Amigo

Há um tempo atrás resolvi apagar lembranças do meu passado, definitivamente.
Não foi fácil, destruir anos escritos e descritos num diário. Ó querido confidente de todas as horas, só tu és quem tinha consciência do que se passava na minha cabecinha fértil!
Coração terreno onde ninguém anda, mas é de se impressionar mais ainda que as pessoas, sempre as mais próximas, não tem interesse em seus pesares.
Meu único aliado nessa guerra teve de ser sacrificado para que meu passado jamais viesse à tona. Meus pensamentos, o que eu vivi, minhas queixas... O único arquivo de ideias foi queimado e agora o que me resta?
Algo melhor do que lembranças... Um futuro!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Pipoqueiro

No feriado de Natal, 25 de dezembro, saíamos do Terminal Grajaú em direção a nossa casa, meu marido e eu , quando presenciei algo que me chamou a atenção.

Todos os comércios fechados, pouca movimentação de carros e pessoas na rua, já estava escuro, em pleno horário de verão. Nada de anormal para um feriado como aquele.

Porém, neste lugar, que mais parecia um deserto, a vista da grande movimentação que havia ali em dias comuns, estava um homem. Um homem e um carrinho de pipoca.

Enquanto caminhávamos, comentei sobre o que vi com meu marido. Em um dia como aquele em que é tradição as pessoas se reunirem com amigos ou familiares e comemorar, aquele homem estava ali: sozinho. O rosto iluminado pela lâmpada acesa no carrinho.

Se ele não tem família ou amigos, o motivo pelo qual ele estava ali, fugindo à regra, tendo como objetivo vender suas pipocas, doce ou salgada, eu não sei.

Entretanto, o Natal não me lembrará somente festas, ceia, presentes, luzes coloridas ou o Papai Noel. Terei ainda a imagem de pipocas, rosadas e douradas, no carrinho do pipoqueiro solitário, de 25 de dezembro.