terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Pipoqueiro

No feriado de Natal, 25 de dezembro, saíamos do Terminal Grajaú em direção a nossa casa, meu marido e eu , quando presenciei algo que me chamou a atenção.

Todos os comércios fechados, pouca movimentação de carros e pessoas na rua, já estava escuro, em pleno horário de verão. Nada de anormal para um feriado como aquele.

Porém, neste lugar, que mais parecia um deserto, a vista da grande movimentação que havia ali em dias comuns, estava um homem. Um homem e um carrinho de pipoca.

Enquanto caminhávamos, comentei sobre o que vi com meu marido. Em um dia como aquele em que é tradição as pessoas se reunirem com amigos ou familiares e comemorar, aquele homem estava ali: sozinho. O rosto iluminado pela lâmpada acesa no carrinho.

Se ele não tem família ou amigos, o motivo pelo qual ele estava ali, fugindo à regra, tendo como objetivo vender suas pipocas, doce ou salgada, eu não sei.

Entretanto, o Natal não me lembrará somente festas, ceia, presentes, luzes coloridas ou o Papai Noel. Terei ainda a imagem de pipocas, rosadas e douradas, no carrinho do pipoqueiro solitário, de 25 de dezembro.