segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Casamento

Ontem criávamos pontes
Hoje as derrubamos e erguemos barreiras
O que era conjunto se tornou singular
Sei quando tudo começou e que vai acabar
Hoje existe o concreto onde antes fluíam fontes
A luz no fim do túnel nos causou cegueira
Eu te machuquei, mas você escolheu me amar
Não me perdoei e, errei e fiz o sentimento mudar

As pancadas doem demais
As marcas que ficam são eternas
Enquanto a voz não tentar calar
o ódio vai insistir em falar
Que fui eu, que foi você, fomos nós
Não fomos nós, mas o mundo inteiro

O tempo amansa a fera
Cicatriza a ferida
Mas uma marca sempre fica
Achei no tempo a espera
De que a mágoa fosse esquecida

Positivo e negativo se atraem
Entram em atrito, se chocam
Mas permanecem unidos
Até que surja algo e os separe

Definitivamente
Ou não

domingo, 26 de agosto de 2012

Adeus Caro Amigo

Há um tempo atrás resolvi apagar lembranças do meu passado, definitivamente.
Não foi fácil, destruir anos escritos e descritos num diário. Ó querido confidente de todas as horas, só tu és quem tinha consciência do que se passava na minha cabecinha fértil!
Coração terreno onde ninguém anda, mas é de se impressionar mais ainda que as pessoas, sempre as mais próximas, não tem interesse em seus pesares.
Meu único aliado nessa guerra teve de ser sacrificado para que meu passado jamais viesse à tona. Meus pensamentos, o que eu vivi, minhas queixas... O único arquivo de ideias foi queimado e agora o que me resta?
Algo melhor do que lembranças... Um futuro!